O
tamanho de certa população pode ser influenciado pelos processos de interação
com outras populações, assim como pelas variações dos fatores abióticos locais.
A
utilização de agrotóxicos para o combate das pragas agride o meio ambiente,
intoxica os animais e consome muitos recursos financeiros.
Por isso, é mais
adequado realizar o controle biológico, utilizando os próprios seres vivos para
combater os parasitas ou os predadores. O processo caracteriza-se pela
introdução, no ecossistema, de um inimigo natural da espécie nociva. Assim,
pode-se manter a densidade populacional dessa espécie em níveis compatíveis com
os recursos do meio ambiente.
Controle das espécies
O
controle biológico pode ser feito a partir da introdução de parasitas
específicos ou de predadores.
Controle de parasitas: o vírus denominado Baculovírus anticarsia ataca apenas as lagartas que comem as folhas
de soja, não prejudicando outros seres vivos.
O fungo que parasita a
cigarrinha, um inseto predador de pastagens e plantações de cana, é parasita
específico do inseto, não causando problemas para o gado ou para quem se
alimenta da sua carne.
Controle
por predadores: o Gambusia
affinis, um peixe que come as larvas do mosquito Anopheles (transmissor da Malária).
A vespa chamada Trissolcus basalis deposita seus ovos no
interior dos ovos de algumas espécies de percevejo. Os ovos do percevejo são usados
como alimento pela larva da vespa, não havendo a formação de percevejos adultos
(as pragas).
Cuidados com o controle biológico
Deve-se
realizar uma avaliação dos riscos associados a essa prática, pois muitas
espécies estranhas podem provocar sérias alterações nas características do
ecossistema, como a eliminação de espécies nativas através de competição ou
predatismo.
Em
1872, o mangusto (mamífero carnívoro) foi introduzido na Jamaica para combater
ratos nas plantações de cana-de-açúcar, mas ele acabou com outros mamíferos,
aves terrícolas e crustáceos, causando graves alterações no ambiente.
Em
1859, alguns casais de coelhos foram introduzidos na Austrália para combater
ervas daninhas que se multiplicavam na região. Mas os coelhos acabaram se
proliferando e destruindo grande parte das pastagens australianas, causando
enorme prejuízo à pecuária daquele país.
Fonte: ADOLFO & CROZETA & LAGO. Biologia, Ensino Médio, Volume Único. São Paulo: Editora IBEP, 2005.
Nenhum comentário:
Postar um comentário