sexta-feira, 1 de maio de 2015

Relações Ecológicas e Controle Biológico

O tamanho de certa população pode ser influenciado pelos processos de interação com outras populações, assim como pelas variações dos fatores abióticos locais.

A utilização de agrotóxicos para o combate das pragas agride o meio ambiente, intoxica os animais e consome muitos recursos financeiros. 


Por isso, é mais adequado realizar o controle biológico, utilizando os próprios seres vivos para combater os parasitas ou os predadores. O processo caracteriza-se pela introdução, no ecossistema, de um inimigo natural da espécie nociva. Assim, pode-se manter a densidade populacional dessa espécie em níveis compatíveis com os recursos do meio ambiente.

Controle das espécies
O controle biológico pode ser feito a partir da introdução de parasitas específicos ou de predadores.


Controle de parasitas: o vírus denominado Baculovírus anticarsia ataca apenas as lagartas que comem as folhas de soja, não prejudicando outros seres vivos. 



O fungo que parasita a cigarrinha, um inseto predador de pastagens e plantações de cana, é parasita específico do inseto, não causando problemas para o gado ou para quem se alimenta da sua carne.

Controle por predadores: o Gambusia affinis, um peixe que come as larvas do mosquito Anopheles (transmissor da Malária). 


A vespa chamada Trissolcus basalis deposita seus ovos no interior dos ovos de algumas espécies de percevejo. Os ovos do percevejo são usados como alimento pela larva da vespa, não havendo a formação de percevejos adultos (as pragas). 


As joaninhas são predadores de pulgões, que, por sua vez, são parasitas de plantas.

Cuidados com o controle biológico

Deve-se realizar uma avaliação dos riscos associados a essa prática, pois muitas espécies estranhas podem provocar sérias alterações nas características do ecossistema, como a eliminação de espécies nativas através de competição ou predatismo.


Em 1872, o mangusto (mamífero carnívoro) foi introduzido na Jamaica para combater ratos nas plantações de cana-de-açúcar, mas ele acabou com outros mamíferos, aves terrícolas e crustáceos, causando graves alterações no ambiente.

Em 1859, alguns casais de coelhos foram introduzidos na Austrália para combater ervas daninhas que se multiplicavam na região. Mas os coelhos acabaram se proliferando e destruindo grande parte das pastagens australianas, causando enorme prejuízo à pecuária daquele país.
Fonte: ADOLFO & CROZETA & LAGO. Biologia, Ensino Médio, Volume Único. São Paulo: Editora IBEP, 2005.
Fonte: Caderno do Professor: Biologia, Ensino Médio, 1ª Série, Volume 1. São Paulo: SEE, 2014.

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