terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Quanto tempo um corpo leva para se decompor?

Depende de onde ele está. A decomposição pode ser afetada por fatores como a umidade, a temperatura e a presença de animais. No corpo, o processo costuma ser o mesmo: primeiro, ocorre a autólise, quando as células param de se oxigenar e o sangue é invadido por dióxido de carbono. O pH diminui e dejetos acumulados envenenam e destroem as células. Depois, enzimas "quebram" essas células, provocando a necrose - fazendo o corpo apodrecer de dentro para fora.

Como diferentes cenários influenciam a deterioração.


À mercê da natureza
Ambiente: Ar livre
Tempo: De duas a seis semanas
Criminosos que tentam se livrar de um cadáver deveriam seguir a lei do mínimo esforço. Deixá-lo exposto em ambiente úmido e quente (a partir de 20ºC), com livre acesso de insetos carniceiros e animais carnívoros, é a melhor maneira de acelerar o processo. Traumas externos no corpo também ajudam. Os ossos só desaparecem completamente após dois anos, no máximo.

A sete palmos
Ambiente: Sob a terra
Tempo: De nove meses a cinco anos
Quanto mais fundo o cadáver for enterrado, mais lenta será a deterioração. Entre 60 cm e 1 m de profundidade, ela leva entre nove e 12 meses. Os ossos, porém, só “somem” depois de uns quatro anos. E a proteção de um caixão (ou de outros invólucros, como tecido e plástico) pode multiplicar esse tempo por seis!

Nadando com peixes
Ambiente: Fundo do mar
Tempo: Até dez anos
As vítimas do serial killer da série Dexter, geralmente desovadas no mar, podem ter dois fins. A maior preocupação são os tubarões, que podem devorar um cadáver em instantes. Mas, se o corpo chegar ao solo rochoso em grandes profundidades, pode ser preservado pelo frio e pela pressão extremos por até uma década.

Corpo em conserva
Ambiente: Pântano
Tempo: Indefinido
A falta de oxigênio, a flora típica e a presença de minerais que inibem a proliferação de bactérias fazem do terreno pantanoso uma espécie de “formol” natural. Ali, o corpo cria a adipocera, uma substância orgânica que converte tecidos gordurosos em uma cera que protege os órgãos internos e retarda a decomposição.

Carne seca
Ambiente: Deserto
Tempo: Indefinido
O clima seco ajuda a “mumificar” o cadáver, transformando pele e tendões em um tecido parecido com um pergaminho, que protege os ossos enquanto os órgãos entram em putrefação. A baixíssima umidade diminui a ação de moscas e também baixa a velocidade do processo, que pode chegar na casa dos milhares de anos.

Picolé de gente
Ambiente: Regiões geladas
Tempo: Indefinido
É o cenário recordista em preservação. O frio desativa a autólise e quase anula a atividade das bactérias. Corpos congelados diminuem de tamanho e se tornam alaranjados, com partes acinzentadas. Em 1991, foi achado um cadáver preservado de mais de 5,3 mil anos em uma geleira entre a Áustria e a Itália!

Tratamento Anti-idade
Embalsamento pode preservar partes do corpo por vários anos.

Se o objetivo é lutar contra a ação do tempo, o melhor recurso é embalsamar o cadáver. 

Um composto químico à base de formaldeído é injetado nos vasos sanguíneos e os gases e fluidos orgânicos são removidos. 

Na fase final, a pele (especialmente a do rosto, das mãos e do pescoço) é limpada e maquiada. 

Um bom embalsamamento é capaz de conservar certas partes do corpo por séculos a fio.

Comida de verme
Insetos são o segundo fator externo mais influente na decomposição.

Usando o olfato, moscas carniceiras são capazes de detectar um cadáver poucos instantes após o óbito. 

E, em menos de uma hora, já deposita ali suas larvas – o que popularmente chamamos de vermes. Eles irão devorar o “banquete” para poder se desenvolver. São tão vorazes que só perdem para a temperatura entre os fatores externos que mais apressam a decomposição.

Fonte: Caderno do Professor: Biologia, Ensino Médio, 1ª Série, Volume 1. São Paulo: SEE, 2014.
Fonte: CABRAL, Danilo Cezar. Revista Mundo Estranho. Edição 125. São Paulo: Editora Abril.

Múmias e decompositores

Múmias são cadáveres humanos que permanecem preservados por longos períodos, intencionalmente ou não.

Os egípcios antigos tinham o costume de embalsamar os corpos dos mortos, isto é, tratá-los com substâncias que evitavam o apodrecimento. 

Além disso, o clima seco ajudava na preservação.

Decompor é o contrário de compor, ou seja, desagregar, quebrar em pedaços menores. 

Parasitas, bactérias, alguns insetos e fungos também se alimentam dos corpos.

As plantas não podem utilizar diretamente a matéria orgânica e os fungos e as bactérias são intermediários fundamentais para manter o equilíbrio de um ambiente.

Fonte: Caderno do Professor: Biologia, Ensino Médio, 1ª Série, Volume 1. São Paulo: SEE, 2014.

Fisiologia da membrana

1. Transporte Passivo:
a) Difusão simples (diálise): movimento de partículas de onde estão em maior concentração para onde sua concentração é menor. Ocorre quando a membrana é plenamente permeável à partícula. 

Ex: entrada de oxigênio na célula e a saída de gás carbônico.

b) Difusão facilitada: a passagem de moléculas grandes através de uma membrana torna-se possível devido à participação de uma enzima que se encontra nesta membrana. 

Ex: passagem de glicose, aminoácidos e íons.

c) Osmose: é a passagem de água (solvente) de uma solução hipotônica (solutos em menor concentração) para uma hipertônica (solutos em maior concentração), através de uma membrana mais permeável ao solvente do que ao soluto. 

Ex: glóbulos vermelhos (hemácias) do nosso sangue.

2. Transporte Ativo:
É o transporte realizado contra um gradiente de difusão, exigindo energia para ocorrer. 

Ex: a bomba de sódio-potássio. Um carregador de íons, instalado na membrana, bombeia constantemente o sódio para fora e o potássio para dentro da célula.

Fonte: Biologia, Ensino Médio, Volume Único. ADOLFO & CROZETA & LAGO. São Paulo: Editora IBEP, 2005.
Fonte: Caderno do Professor: Biologia, Ensino Médio, 2ª Série, Volume 1. São Paulo: SEE, 2014.
Fonte: Cursos Práticos Nova Cultural – Vestibular. Biologia. MOISÉS, Hélvio N. & SANTOS, Thais H. F. 

Biomembranas e suas funções

Os cientistas acreditam que quando tudo era apenas um caldo orgânico, ou uma “sopa primitiva”, as primeiras formas de vida só surgiram depois da existência da membrana, que isolou moléculas orgânicas, possibilitando a formação de uma célula.

Segundo o modelo de Nicholson e Singer, denominado mosaico fluido, a membrana é constituída por uma bicamada molecular de lipídios, com proteínas (em forma de mosaico) dissolvidas nessa massa lipídica.

Algumas proteínas de membrana podem funcionar também como enzimas, podendo alterar sua forma, abrindo ou fechando os poros da membrana para a passagem de substâncias, permitindo ou não o fluxo através dela.
É bastante flexível e tem grande capacidade de regeneração.

Especializações:
1. Microvilosidades: tem a função de aumentar a superfície de absorção celular. 

Encontrada no epitélio do intestino.

2. Desmossomos: aumenta a adesão entre as células vizinhas. 

Estão nos epitélios de revestimento. 

3. Interdigitações: são expansões laterais emitidas pelas membranas das células vizinhas que se encaixam com a finalidade de fortalecer a união dessas células

Fonte: Biologia, Ensino Médio, Volume Único. ADOLFO & CROZETA & LAGO. São Paulo: Editora IBEP, 2005.
Fonte: Caderno do Professor: Biologia, Ensino Médio, 2ª Série, Volume 1. São Paulo: SEE, 2014.
Fonte: Cursos Práticos Nova Cultural – Vestibular. Biologia. MOISÉS, Hélvio N. & SANTOS, Thais H. F. 

Reinos da Natureza

Desde os tempos de Aristóteles têm sido propostos diversos sistemas de classificação para os seres vivos. O sistema de classificação em cinco reinos (plantas, animais, fungos, bactérias e protistas) apresentado por R. H. Whittaker, em 1969, é o mais usado.

Os quadros comparativos constituem uma estratégia de organização muito útil, que facilita a comparação de informações.

1. Monera: são seres unicelulares ou coloniais. 

São procariontes (sem núcleo organizado). 

São autótrofos (algumas bactérias e as cianofíceas) ou heterótrofos (maioria das bactérias).

2. Protista: são seres unicelulares, coloniais ou multicelulares. 
São eucariontes (com núcleo organizado). 

São autótrofos (algas) ou heterótrofos (protozoários).

3. Fungi: são seres uni ou multicelulares. 

São eucariontes (com núcleo organizado). 

São aclorofilados (sem clorofila). 

São heterótrofos (se alimentam de outros seres). 

Exemplos: mofos, leveduras e cogumelos.

4. Animalia: são seres multicelulares. 

São aclorofilados (sem clorofila). 

São heterótrofos (se alimentam de outros seres). 

Exemplos: animais vertebrados e invertebrados.

5. Plantae: são seres multicelulares. 

São eucariontes (com núcleo organizado). 

São clorofilados (fazem a fotossíntese). 

São seres autótrofos (produzem seu próprio alimento). 

Exemplos: vegetais.

Fonte: Biologia, Ensino Médio, Volume Único. ADOLFO & CROZETA & LAGO. São Paulo: Editora IBEP, 2005.

Fonte: Caderno do Professor: Biologia, Ensino Médio, 3ª Série, Volume 1. São Paulo: SEE, 2014.

Fonte: MOISÉS, Hélvio N. & SANTOS, Thais H. F. Cursos Práticos Nova Cultural – Vestibular. Biologia.


Energia e matéria no ecossistema

Ecossistema: sistema constituído pela biocenose (ou comunidade) e pelo ambiente físico (biótopo) com o qual interage.

A estrutura de um ecossistema completo contém:

Substâncias químicas: que constituem o meio abiótico e estão disponíveis aos seres vivos.

Produtores: organismos que produzem o seu próprio alimento (autótrofos).

Consumidores: organismos que se alimentam de outros (heterótrofos).

Decompositores: os microconsumidores (saprófitas) que decompõem a matéria orgânica, liberando as substâncias inorgânicas que a constituíam.

Teia alimentar: representa a transferência de matéria orgânica (e da energia nela contida) de uma espécie a outra em uma biocenose (ou comunidade).
Uma das linhas de transferência de uma teia é uma cadeia alimentar.

Nível trófico (nível alimentar) é cada elo da cadeia alimentar, geralmente assim estabelecido:
1º nível: produtor, transforma energia luminosa em energia orgânica (fotossíntese).
2º nível: consumidor primário, herbívoro.
3º nível: consumidor secundário, carnívoro.
4º nível: consumidor terciário, carnívoro que se alimenta de outro carnívoro.

Decompositores: alimentam-se dos restos de todos os seres dos diversos níveis. 

Numa cadeia alimentar, as setas indicam o sentido de transferência da matéria orgânica.




Planta → Inseto → Sapo → Cobra → Gavião
                                
                      Decompositores

Fonte: Biologia, Ensino Médio, Volume Único. ADOLFO & CROZETA & LAGO. São Paulo: Editora IBEP, 2005.
Fonte: Caderno do Professor: Biologia, Ensino Médio, 1ª Série, Volume 1. São Paulo: SEE, 2014.
Fonte: Cursos Práticos Nova Cultural – Vestibular. Biologia. MOISÉS, Hélvio N. & SANTOS, Thais H. F.