segunda-feira, 30 de março de 2015

Organização do Trabalho

Capa: Contém o título do trabalho, que deverá dar uma idéia geral do que vai ser exposto.

Folha de rosto: É a parte em que aparece o nome completo da escola, o nome do aluno, seu número na chamada, a série, o número da turma, a disciplina, o nome do professor, a data de entrega do trabalho e novamente o título. Não é numerada, mas conta para a numeração das demais folhas.

Sumário: Apresenta as partes componentes do trabalho – introdução, desenvolvimento e conclusão – com seus tópicos e subtópicos, bibliografia, anexos e respectiva página de abertura de cada item. A folha não é numerada, mas é considerada para a numeração das demais.

Introdução: Apresenta de forma sintética o conteúdo do trabalho, os aspectos do assunto que serão abordados, bem como o objetivo do trabalho.

Desenvolvimento: Neste item o aluno mostra o produto do seu trabalho, o que conseguiu obter sobre cada tópico-guia, além de outros dados como curiosidades e trechos de entrevistas. Envolve um trabalho de elaboração de texto e não simplesmente cópia das notas conseguidas nas diferentes consultas bibliográficas.
O texto – que não deve ser uma colcha de retalhos – deve ser claro, coerente com os tópicos-guia, apresentar suas partes concatenadas umas às outras, estar enquadrado na folha, ter as ilustrações pertinentes com o texto e bem localizadas.

Conclusão: É o desfecho do trabalho. Deve apresentar o seu pensamento sobre o assunto pesquisado. É o momento em que o aluno toma posição diante do que descobriu, estudando o tema proposto. É de elaboração pessoal do aluno. Manifesta a compreensão ou a interpretação do aluno relativamente ao tema.
O fato de ter gostado ou não do trabalho não caracteriza uma conclusão.

Bibliografia: Contém a relação de livros efetivamente utilizados pelo aluno, a partir da bibliografia preliminar oferecida pelo professor. Nada impede que o aluno acrescente outros títulos de sua livre escolha e que foram adicionados à listagem original.
A apresentação da bibliografia deve atender a normas técnicas vigentes. Para cada caso, deve conter o nome do autor, começando pelo último sobrenome; nome do livro – em destaque; local de edição; nome da editora; ano de edição.

Se o aluno consultar revistas, deverá indicar o nome do autor da matéria, o nome da matéria, o nome da revista – em destaque, local de edição, nome da editora, ano de edição.
Se for usado dicionário, enciclopédia ou similar, deve ser colocado o nome da obra em letra maiúscula, volume e páginas consultadas.
Exemplos:
DUBOIS, René. Namorando a Terra. São Paulo: Melhoramentos, 1981.
MAYHÉ-NUNES, Ellen R.  Sugestão de atividades de Educação Ambiental em  sala de aula. Boletim Técnico PROCIRS, Porto Alegre, v.2, n.7, p.13-14, jul./set./1986.
STEFANI, Adria; SILVA, Luiz A. P. do.  Taxonomia Zoológica. Revista do Professor, Porto Alegre, v.6, n.23, p.24-29, jul./set./1990.

Anexos: São elementos acessórios que aparecem, geralmente, ao final do trabalho, como mapas, gráficos, desenhos, reportagens, entrevistas utilizados para enriquecer o texto.
Devem ter finalidade funcional e valor complementar. São designados por Anexos, sendo numerados sempre que forem mais de um.

Fonte: SILVA, Cleonice de Carvalho. Trabalho escolar – Como orientar a consulta bibliográfica e avaliar seu produto. Revista do Professor, Porto Alegre, v.12, n.48, p.19-22, out./dez. 1996.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Reino Protista

É constituído pelas algas unicelulares e pluricelulares e pelos protozoários.

São eucariontes (possuem um núcleo delimitado pela membrana nuclear).

Algas
São as maiores responsáveis pela renovação do oxigênio da atmosfera. São organismos autótrofos que se desenvolvem no solo, sobre troncos e na água doce. A grande maioria habita os oceanos (algas marinhas).

Classificação das algas:

1. Euglenófitas: são unicelulares que vivem na água doce. Pertencem ao gênero Euglena.

2. Crisófitas ou algas douradas: representada pelas diatomáceas. São unicelulares, podendo formar colônias e são encontradas principalmente nos oceanos. 
A célula de uma diatomácea possui uma carapaça externa constituída por compostos de sílica. Existem depósitos dessas carapaças no fundo dos oceanos que são explorados comercialmente e utilizados na fabricação de tijolos, abrasivos, produtos de polimento, cosméticos.

3. Pirrófitas: são algas unicelulares. Algumas pirrófitas, podem se reproduzir acentuadamente, causando a maré vermelha. Nesse fenômeno, as algas se acumulam em grande quantidade (floração), produzindo uma mancha avermelhada na água. 

Em seguida, liberam uma potente neurotoxina que provoca a morte de centenas de animais marinhos, como os peixes e outros vertebrados. 

O gênero denominado Noctiluca, é bioluminescente, ou seja, converte a energia química em energia luminosa.

4. Clorófitas ou algas verdes: são algas unicelulares e pluricelulares que podem ser encontradas praticamente em todos os ambientes úmidos. Na evolução do reino vegetal, as algas verdes provavelmente deram origem às primeiras plantas.

5. Feófitas: são algas pardas pluricelulares, predominantemente marinhas, muito evoluídas. De sua membrana celulósica é retirado o ácido algínico, usado na indústria de alimentos e por dentistas. Formam o “mar dos sargaços”, nas Antilhas, podendo ser comestíveis e sendo usadas como adubo.

6. Rodófitas ou algas vermelhas: possuem talos maciços e ramificados. 

Dessas algas se extrai o agar-agar, material gelatinoso que pode ser usado em vários alimentos, como balas, doces e iogurtes e em laboratório, como meio de cultura para microorganismos. Vivem fixas no fundo dos oceanos (bentônicas).

Observação: As algas podem ser microscópicas e simples, como as unicelulares, até macroscópicas e complexas, como as feófitas ou pardas marinhas que podem atingir diversos metros. Já a variação entre as suas cores se deve aos diferentes tipos de pigmentos que possuem em suas células.

Protozoários
O termo tem origem grega e significa primeiro animal. São unicelulares, eucariontes, heterótrofos e podem ser encontrados em rios, oceanos e ambientes terrestres úmidos. Alguns deles têm vida livre e outros são parasitas.

Classificação dos protozoários:
1. Rhizopoda (Sarcodina): se movimentam por meio da emissão de pseudópodes. As amebas também usam seus pseudópodes para a nutrição (fagocitose). Habitam os ambientes marinhos e dulcícolas (água doce).

2. Flagelata (Mastigophora): utilizam um ou mais flagelos para a locomoção. São a Giardia lamblia, Leishmania braziliensis, Trichomonas vaginalis, Trypanosoma cruzi.

3. Ciliata (Ciliophora): utilizam os cílios para a locomoção e captura de alimentos. Vivem na água doce ou salgada. Existem espécies que nadam livremente, outras são fixas e algumas são coloniais. 

O Balantidium coli parasita o intestino humano.

4. Sporozoa (Apicomplexa): não possuem organelas locomototas. Os mais nocivos para a espécie humana pertencem ao gênero Plasmodium, causadores da malária.

Fonte: ADOLFO & CROZETA & LAGO. Biologia, Ensino Médio, Volume Único. São Paulo: Editora IBEP, 2005.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Relações Harmônicas

Intra-específicas
São as relações entre indivíduos de mesma espécie. Essas relações podem estar condicionadas por uma estrutura organizativa na qual os indivíduos ocupam posições ou funções mais ou menos definidas, como nas colônias e sociedades.
Colônia: união anatômica dos organismos. Podem ser:
a) Homeomórficas: indivíduos iguais e sem divisão de trabalho. São as bactérias e os corais.
b) Heteromórficas: indivíduos diferentes e com divisão de trabalho. São as caravelas.

Sociedade: grupos de organismos não unidos que apresentam uma organização social com cooperativismo. Por exemplo: abelhas, cupins, formigas e seres humanos.
As relações internas ao grupo são reguladas por padrões de comportamento que possibilitam a comunicação entre os indivíduos associados.
Os comportamentos resultam de influências genéticas e ambientais. 

Interespecíficas
Protocooperação: benefício recíproco sem dependência obrigatória, ou seja, um pode viver sem o outro. Por exemplo: plantas e polinizadores, anu e gado, pássaro paliteiro e crocodilo, paguro-eremita e anêmona-do-mar.

Mutualismo: benefício recíproco com dependência obrigatória, em que um não vive sem o outro. Por exemplo, cupim e protozoário, algas e fungos (liquens), bactérias Rhizobium e raízes de leguminosas.

Comensalismo: um organismo é beneficiado (comensal), sem prejuízo ou benefício para o outro (hospedeiro). Outros exemplos: tubarão e rêmora, peixe-agulha e pepino-do-mar (inquilinismo), orquídeas e bromélias que vivem sobre as árvores (epifitismo).

Fonte: ADOLFO & CROZETA & LAGO. Biologia, Ensino Médio, Volume Único. São Paulo: Editora IBEP, 2005.

Fonte: MOISÉS, Hélvio N. & SANTOS, Thais H. F. Cursos Práticos Nova Cultural – Vestibular. Biologia. 

sexta-feira, 20 de março de 2015

Respiração Celular

Toda a atividade da célula requer energia, e esta, é obtida através da mitocôndria

Esta organela é a responsável pela produção de energia através de um processo conhecido como respiração celular.

Para obter energia, a célula obrigatoriamente precisa de glicose. 

Isto ocorre da seguinte forma: a mitocôndria quebra a molécula de glicose introduzindo oxigênio no carbono, capturando, assim, sua energia. Após este processo, sobrará apenas o gás carbônico, que sairá na expiração.

No caso das plantas, a glicose é produzida através da fotossíntese. Neste processo, a planta recebe gás carbônico do ar e energia do sol para fazer esta composição química. A medida que ela produz glicose, elimina oxigênio.

Na respiração, a mitocôndria faz exatamente o contrário do que ocorre na fotossíntese, ou seja, ela retira sua energia através da quebra da glicose e libera gás carbônico.

A maioria dos seres vivos produz ATP para suas necessidades energéticas por meio da respiração celular, um processo de oxidação em que o gás oxigênio atua como agente oxidante de moléculas orgânicas. Nesse processo, moléculas de ácidos graxos ou de glicídios, principalmente glicose, são degradadas, formando moléculas de gás carbônico (CO2) e de água (H2O) e liberando energia, utilizada na produção de moléculas de ATP a partir de ADP e Pi .

A respiração celular da glicose é equivalente à sua combustão, em termos de reagentes e produtos. 

Nos dois casos, uma molécula de glicose reage com seis moléculas de gás oxigênio, produzindo seis moléculas de gás carbônico e seis moléculas de água.

Fórmula da respiração celular:
C6H12O6    +    6 O2        6 CO2    +    6 H2O    +    energia

Na respiração celular, a energia das moléculas orgânicas é liberada pouco a pouco, em uma sequência ordenada de reações químicas bem controladas, e parte dessa energia é armazenada na forma de ATP.

A degradação da glicose na respiração celular ocorre em três etapas metabólicas: a glicólise (no hialoplasma), ciclo de Krebs (na matriz mitocondrial) e a cadeia respiratória (nas cristas mitocondriais).

Fonte: AMABIS & MARTHO. Biologia das células, Volume 1. São Paulo: Editora Moderna, 2010.
Fonte: www.todabiologia.com
Fonte: www.mundoeducacao.com

Reino Monera

Esse reino reúne organismos unicelulares e procariontes, pois suas células não apresentam núcleo organizado, ou seja, não possuem carioteca ou membrana nuclear. Não têm organelas membranosas em seu interior.

Importância ecológica: são a base de cadeias alimentares, são decompositores e parasitas.

1. Bactérias
Bactérias são organismos mais abundantes da Terra. São encontrados na água, no solo, no ar atmosférico e no interior de organismos.

Nutrição: A grande maioria é heterótrofa, ou seja, se alimenta de matéria orgânica livre, em decomposição (saprofitismo), ou dos seres ainda vivos (parasitismo). 

As bactérias autótrofas produzem suas próprias substâncias orgânicas através do processo de fotossíntese ou de quimiossíntese.

Morfologia: são unicelulares esféricas (cocos), com forma de bastonetes (bacilos), longas e espiraladas (espirilos) ou com vírgulas (vibriões). Cocos coloniais em duplas (diplococos), cadeias (estreptococos) e em cachos (estafilococos).

Locomoção: Movem-se por cílios e flagelos simples ou sem locomoção própria.

Obtenção de energia: se dá através da respiração aeróbia, fermentação ou putrefação.

Reprodução: acontece pela reprodução assexuada por divisão binária

A reprodução sexuada ocorre raramente entre as bactérias. No processo de conjugação, duas bactérias se tocam e entre elas forma-se uma ponte citoplasmática, pela qual passa o cromossomo de uma para outra. 

No processo por transformação bacteriana, uma bactéria assimila um segmento de DNA de outra que morreu e já está se desintegrando. 

E na transdução, o DNA é transferido de uma bactéria a outra através de um vírus. 

Enquanto a reprodução assexuada produz indivíduos geneticamente idênticos, a reprodução sexuada promove a recombinação dos genes e, portanto, uma diversificação genética na espécie.

Importância das bactérias:
As bactérias saprófitas, ao decompor restos orgânicos, fertilizam o solo promovendo a reciclagem dos materiais utilizados pelos seres vivos. 

São utilizadas na produção de iogurte, queijos, coalhadas e vinagre. 

A engenharia genética utiliza bactérias na produção de insulina humana e hormônio de crescimento. Essas substâncias são produzidas pelas bactérias a partir da introdução de genes humanos no interior desses microorganismos. 

Participam do processo de formação do bolo fecal, e muitas outras encontram-se na superfície e nas cavidades do corpo. São usadas na fabricação de antibióticos (nistatina, neomicina, bacitracina, terramicina). 

Certas bactérias fixam o nitrogênio (N2) atmosférico, transformando-o em nitrato. Outras o fixam quando associados às raízes de leguminosas (feijão, soja), estabelecendo uma simbiose (mutualismo).

Doenças causadas por bactérias
Podem parasitar seres vivos, causando-lhes sérios distúrbios através da destruição de tecidos ou da produção de toxinas. Na espécie humana são responsáveis por diversas doenças: febre tifóide (transmitida por contaminação fecal de água e alimentos); 

o botulismo (transmitida pela toxina do bacilo botulínico presente em alimentos deteriorados, como enlatados); a coqueluche (transmitida por gotículas de saliva); o cólera (através da água e alimentos contaminados pelas fezes dos doentes); a pneumonia (inalação de ar contaminado com gotículas de saliva); 

a gonorréia e sífilis (pelo contato sexual); a tuberculose (gotículas eliminadas pela tosse do doente); hanseníase ou lepra (contato prolongado com o doente); meningite meningocócica (inalação de ar contaminado) e muitas outras.

2. Cianobactérias ou cianofíceas ou algas azuis
São procariontes, com clorofila em lamelas e com parede celular.
São unicelulares ou coloniais.
Todas são autótrofas fotossintetizantes. Acumulam reservas de glicose num polímero típico, o amido das cianofíceas.

Fixam o N2 atmosférico, transformando-o em nitritos e nitratos.
Reproduzem-se assexuadamente por divisão binária ou por hormogônios.

Fonte: ADOLFO & CROZETA & LAGO. Biologia, Ensino Médio, Volume Único. São Paulo: Editora IBEP, 2005.
Fonte: MOISÉS, Hélvio N. & SANTOS, Thais H. F. Cursos Práticos Nova Cultural – Vestibular. Biologia.


Fonte: Caderno do Professor: Biologia. Ensino Médio, 1ª Série, Volume 1. São Paulo: SEE, 2014.