sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Drogas mais comuns no Brasil

Substâncias psicoativas são introduzidas no organismo de várias maneiras. Podem ser inaladas, aspiradas, comidas , bebidas, fumadas ou injetadas. 
Fumar certos produtos, como o crack, ou injetá-los (pico) tem efeitos quase imediatos, pois a corrente sanguínea os leva direto ao cérebro.

Classificação das drogas:
1. Depressoras:
O usuário fica mais relaxado e calmo, até sentir-se sonolento ou mole. Temos aí o efeito depressor, pois tais substâncias diminuem, retardam ou reduzem ("deprimem") o funcionamento mental. Neste estado, a pessoa é chamada de sedada, grogue, dopada ou chapada.

2. Estimulantes:
O usuário fica alerta, atento, às vezes agitado. Sente-se animado, bem disposto e capaz de quase tudo. Eis o efeito estimulante: o produto estimula ou acelera o funcionamento mental. Em tal estado, a pessoa "fica ligada" ou é "ligadão". Anfetaminas, cocaína, cafeína, nicotina e anorexígenos.

3. Perturbadoras:
O usuário passa a perceber as coisas deformadas, coloridas, bizzarras. Pensamentos, percepções, recordações ficam como imagens de sonhos, esquisitos e sem nexo. 

Eis o efeito perturbador no Sistema Nervoso Central (SNC), distorcendo seu funcionamento. Sob tais efeitos, a pessoa está "viajando" ou é "doidão".

Maconha, ácido lisérgico (LSD), ayahuasca (usada em ritual), cogumelo e datura

Algumas das substâncias citadas têm também uma utilidade medicinal; porém, havendo abuso (ou uso indevido), podem provocar dependências. 

Todas elas alteram o funcionamento do sistema nervoso central e do cérebro, retardando, acelerando ou desgovernando. Desta forma, dificultam a coordenação motora, mental e emocional: a pessoa fica "drogada", "intoxicada" ou "inebriada" em um grau que depende da substância usada (quantidade e qualidade), da pessoa e do contexto.

Categorias e efeitos
O abuso de álcool, como se sabe, cria problemas e sofrimentos, com um altíssimo custo social. O uso crônico leva a uma degradação física e moral, provocando, na falta do produto, uma síndrome de abstinência violenta. 

Ele pode levar à morte (por coma alcoólico ou por complicações orgânicas, como a cirrose). Instiga com frequência a violência e acidentes, bem como absenteísmo no trabalho.  

Os tranquilizantes (calmantes, ansiolíticos, sedativos) são hoje muito usados, no mundo inteiro. A base da substância ativa é o diazepam (por isso, são chamados de benzodiazepínicos). Quando usados sem justificativa médica, procura-se uma "anestesia das emoções". O abuso destes medicamentos, mais comum no sexo feminino, provoca fortes dependências.

Os opiáceos ilegais, como ópio e heroína, objeto do narcotráfico oriundo da Asia, são poucos presentes no Brasil. A morfina é um potente analgésico mas está criando dependências em doentes terminais.

Os opiáceos mais consumidos, no Brasil, não são ópio ou heroína, mas os remédios à bases de codeína, seja sob forma de xaropes contra tosse, seja como analgésicos. O abuso, além de dependência e síndrome de abstinência, pode provocar parada respiratória.

Os inalantes ou solventes representam hoje, na juventude brasileira a "droga de iniciação" (como antigamente a maconha), em particular o "cheirinho de loló". Eles têm a fama de produzir efeitos mirabolantes ("barato"), mas podem provocar danos graves.

Entre meninos e meninas de rua, é bem conhecido o uso de cola de sapateiro e esmalte, funcionando como uma espécie de "tapa-fome" ajudando-os a aguentar ou esquecer a miséria e a violência das suas condições de vida.

A cafeína é amplamente consumida, sendo que o café representa a bebida nacional por excelência. Dosagens excessivas, no entanto, podem causar danos.

A nicotina, aspirada pelo fumo do tabaco, causa inúmeros malefícios cardiovasculares e respiratórios. Seu consumo é hoje cada vez mais questionado, mas continua protegido pelo Estado.

A cocaína e subprodutos, como o crack, são extraídos da coca, planta nativa dos Andes. Objeto do narcotráfico oriundo os países andinos, ela é a "droga da moda", muito usada na classe média e alta ou em certos círculos profissionais. O uso intenso cria forte dependência psíquica; usada injetada ("pico") pode transmitir infecções graves, como a hepatite ou o vírus da AIDS.

O crack, pedras cristalizadas a partir da pasta de cocaína, é fumado em cachimbos. Seu efeito é devastador, provocando forte decadência física e alta mortalidade.

Embora proibidas, as anfetaminas são medicamentos ainda muito consumidos, em particular para ficar acordado (estudantes, caminhoneiros). Substâncias anfetamínicas são contidas nos moderadores de apetite (anorexígenos); além de emagrecimento criam dependência.

Todo abuso de substâncias estimulantes pode provocar insônia, nervosismo, irritabilidade, instabilidade emocional e ideias de perseguição (paranoia), chegando a formações delirantes.

Os produtos "psicodélicos" foram popularizados na década de 60, com o movimento hippie. "Viagens" que propiciam não são nada inocentes, pois podem provocar sequelas prolongadas.

O LSD é o produto de origem sintética mais conhecido. Ele pode provocar alucinações e confusão mental de demora remissão; "viagens ruins" podem levar ao suicídio.

A maconha é uma das substâncias mais antigas. Ela favorece a introspecção e o desligamento do mundo. Uso intensivo e prolongado provoca a chamada "síndrome amotivacional", prejudicando o engajamento ativo. 

Outros alucinógenos vegetais, de origem sobretudo indígena, são hoje usados conforme modismos. Um exemplo é a ayahuasca, usada nas seitas Santo Daime e União do Vegetal.

Todos eles "fazem viajar", com riscos imprevisíveis (como acidentes) pois a intensidade de tal viagem, a sua duração e a volta ao ponto de partida são muito variáveis.

Por quê os intoxicantes são tão procurados?
Para reduzir sentimentos desagradáveis de angústia e depressão. 
Para exaltar sensações corporais e provocar gratificações sensoriais de natureza estética e erótica. 
Para aumentar rendimentos psicofísicos, reduzindo sensações corporais desagradáveis, como dor, insônia, cansaço ou superando necessidades fisiológicas como o sono e a fome. 
Como meio de transcender as limitações do corpo e o jugo da espaço-temporalidade, através de rituais de cultos e experiências religiosas.

Fonte bibliográfica:
http://www.ocorpohumano.com.br/index1.html?http://www.ocorpohumano.com.br/ai_drogas_brasil.htm

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